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Floods in Mozambique: Central and North of the country already more than three weeks without electricity and road connections.

It´s rainy season in Mozambique. Heavy rains in the beginning of January have caused floods in Central and Northern Mozambique as well as in neighbouring Malawi. Many lives have been lost, there is destruction in both urban and rural areas, especially damaged are road and electricity infrastructure. The most critical situation is in the River Licungo basin in Zambezia province where several communities are completely isolated.

The National Disasters Management Institute (INGC) announced on 30th of January that 159 people, of which 134 in Zambezia Province, have died due to the floods, mudslides or under crashed houses. According to the Mozambican Council of Ministers on January 27th, 8 814 houses, 403 schools and 7 health centres have been destroyed. According to the report nearly 160 000 people are affected, majority of them in Zambezia. Over 50 000 people are in accommodation centres.

The school year will begin in the beginning of February in Mozambique. Delays are expected in both schools that are destroyed and those that function as accommodation centres.

Aid needs in the area

The National Disasters Management Institute (INGC) leads the aid action with other parts from private, public and third sector. The biggest challenge is to repair the national N1 highway in Zambezia where the road is cut in five parts, each 10 to 15 meters wide, preventing the road traffic to Northern parts of the country completely.

The N1 bridge over River Licungo in Mocuba has been collapsed on both ends. Canoes and small boats transport passangers across the river. A private construction company is repairing the bridge.

The power cut in the Northern parts of the country is due to felling of 10 metal poles. The cut affects the life of 300 000 people. National electricity company EDM has mobilized extra staff for the reparation of the damage.

The impact of cuts in electricity and transportation connections is severe to Mozambican economy; also Nampula which is the second largest city in Mozambique, is affected. Normal commerce and production are down. It has been estimated that each lost dollar to the electricity provider means loss of 10 dollars for national economy. According to the most positive estimations, power cut would be resolved during the first week of February while more conservative estimates talk about several weeks.

Situation at local level

PRODEZA II (2010–2015) is a Mozambic’s and Finland’s bilateral rural development project that works in Mocuba and Maganja da Costa districts for the improvement of food security of farmers that are among the poorest in the country. Average yearly income of these +1 000 families is less than 135 euros. The project collaborates also with slightly better off farmers and their cooperatives to diversify and increase of cash crop production.

There are families in both groups that are completely isolated. The road connections to Maganja da Costa are limited due to destruction of another bridge over River Licungo southwards from Mocuba. The floods have covered farmers’ fields and washed them away completely. Houses and agricultural tools have been destroyed, too. Overall, the impact on agriculture in Northern provinces is considerable: nearly 30 000 households have lost part of their harvest.

“Maputo, 29 Jan (AIM) Over 30,000 hectares of crops in the central Mozambican province of Zambezia have been lost because of this month’s floods, according to the Provincial Director of Agriculture, Ilidio Bande, cited in Thursday’s issue of the Maputo daily “Noticias”.

64,000 hectares of cultivated land were flooded, and Bande said that 35,000 hectares have been completely lost. This is three per cent of the 1.2 million hectares of farmland cultivated in the entire province. Maize, rice and beans are the crops most affected by the floods.

As for livestock, at least 250 cattle, goats and pigs are known to have died, and others are surrounded by flood waters in areas where they have no access to pasture. “We have information that 3,800 head of cattle are in this situation”, said Bande. “We are worried about the health of these animals”.

Bande said the agricultural and livestock losses affect 41,000 families – particularly in Mocuba, Namacurra and Maganja da Costa districts in the basin of the Licungo river.

He warned that the data is still provisional. The disruption to the roads and communications networks in Zambezia has made gathering information difficult. The data his office possesses comes from less than half of Zambezia’s 21 districts (although they include the districts worst hit by the floods on the Licungo).

Bande added that there has also been severe damage to agricultural equipment and to irrigation schemes, including the destruction of pumps in Maganja da Costa and Mopeia districts.”

The District Services of Economic Activities (SDAE) and INGC in Maganja da Costa state in informal communication that 8 100 hectares of cultivated land was lost in the district where as the Government of Mocuba report from Jan 23, 2015 says that 1 600 hectares of cultivated land was affected in Mocuba.

PRODEZA II responded timely to the petition of Mocuba administration by donating basic food items to families that lost their homes due to the flooding on January 12th and 13th, however further options are under analysis using appropriate channels for additional support.

According to UN Report Jan 27, 2015 limited data available from rural areas due to limited access to affected district. Currently, PRODEZA II is exploring ways to document the rural situation regarding the flood damage in project areas.

 

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Sources:

AIM NEWS CAST, TUESDAY 29/1/2015 <http://www.poptel.org.uk/mozambique-news/>

AIM NEWS CAST, TUESDAY 27/1/2015 <http://www.poptel.org.uk/mozambique-news/>

Mozambique: Floods Flash update, 27 January 2015 <http://www.humanitarianresponse.info/fr/system/files/documents/files/FLASH_UPDATE_27-1-15.pdf>

Mozambique-UNRCO-Situation Report 1-16 01 15 <http://reliefweb.int/sites/reliefweb.int/files/resources/Mozambique-UNRCO-Situation%20Report%201-16%2001%2015.pdf>

Radio Mocambique: Cheias em Mocambique: Sobe para 159 o número de mortes

< www.rm.co.mz/index.php/component/k2/item/9747-cheias-em-mocambique-sobe-para-159-o-numero-de-mortes.html>

Em Português:

Inundações em Moçambique: Central e Norte do país já mais de três semanas sem ligações de energia eléctrica e de estrada.

Estamos na estação das chuvas em Moçambique. As fortes chuvas no início de Janeiro causaram inundações na Central e Norte de Moçambique, bem como no vizinho Malawi. Muitas vidas foram perdidas, há destruição em ambas as áreas urbanas e rurais, especialmente danificadas são infra-estruturas rodoviárias e de electricidade. A situação mais crítica é na bacia do rio Licungo na província da Zambézia, onde várias comunidades estão completamente isoladas.

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) anuncio em 30 de Janeiro que 159 pessoas, das quais 134 na província da Zambézia, morreram devido às inundações, deslizamentos de terra ou sob casas que caiarem. De acordo com o Conselho de Ministros de Moçambique em 27 de Janeiro, 8 814 casas, 403 escolas e sete centros de saúde foram destruídos. De acordo com seu relatório cerca de 160 000 pessoas são afectadas, a maioria deles na Zambézia. Mais de 50 000 pessoas estão em centros de acolhimento.

O ano lectivo começará no início de Fevereiro  em Moçambique. Atrasos são esperados em ambas as escolas que são destruídos e aqueles que funcionam como centros de acolhimento.

Necessidades de apoio na área

O INGC lidera a ação da ajuda com outras parceiros do sector privado, público e terceiro. O maior desafio é reparar a estrada N1 na Zambézia, onde a estrada está cortada em cinco partes, cada uma com 10 a 15 metros de largura, impedindo o tráfego rodoviário entre norte e sul do país completamente.

A ponte sobre o rio Licungo em Mocuba foi estragada nas ambas as extremidades. A transporte de passageiros através do rio funciona com pequenas embarcações. A ponte esta sendo reparada pelo sector privado.

O corte de energia na região norte do país se deve à derrubada de 10 postes de metal. A vida de 300 000 pessoas esta afectada. Empresa Nacional de Electricidade (EDM) tem mobilizado equipe extra para a reparação dos danos.

O impacto dos cortes da energia elétrica e de transporte é grave para a economia moçambicana; também a segunda maior cidade de Moçambique, Nampula, é afectado. Comercio e produção estão em baixa. Estimou-se que cada dólar perdido para o fornecedor de energia eléctrica significa perda de 10 dólares para a economia nacional. De acordo com as estimativas mais positivas, corte de energia seria resolvido durante a primeira semana de Fevereiro, enquanto estimativas mais conservadoras falam de várias semanas.

Situação a nível local

PRODEZA II (2010-2015) é um projecto bilateral rural de desenvolvimento entre Moçambique e Finlândia que trabalha em Mocuba e Maganja da Costa para a melhoria da segurança alimentar dos agricultores que estão entre os mais pobres do país. Renda anual média destes mais de 1 000 famílias é inferior a 135 euros. O projecto colabora também com produtores que já estão um pouco melhores em termos de rendas e suas cooperativas para diversificar e aumentar a produção de culturas de rendimento.

Há famílias de ambos os grupos que estão completamente isoladas. As ligações por estrada para Maganja da Costa são limitadas devido à destruição de uma outra ponte sobre o rio Licungo sul de Mocuba. Os campos dos agricultores foram inundados ou afastados completamente. Casas e instrumentos agrícolas foram destruídos também. No geral, o impacto sobre a agricultura em províncias do norte é considerável: cerca de 30 000 famílias perderam parte da sua colheita.

“Maputo, 29 Jan (AIM) – Mais de 30.000 hectares de culturas na província central moçambicana da Zambézia foram perdidos por causa das inundações deste mês, de acordo com o director provincial da Agricultura, Ilidio Bande, citado na edição desta quinta-feira do diário de Maputo “Notícias “.

64.000 hectares de terra cultivada foram inundadas, e Bande disse que 35.000 hectares foram totalmente perdidos. Este é três por cento dos 1,2 milhões de hectares de terras cultivadas em toda a província. Milho, arroz e feijão são as culturas mais afectadas pelas enchentes.

Quanto à pecuária, pelo menos, 250 vacas, cabras e porcos são conhecidos por mortos e outros estão rodeados pelas águas em áreas onde não têm acesso ao pasto. “Temos informações de que 3.800 cabeças de gado estão nessa situação”, disse Bande. “Estamos preocupados com a saúde desses animais”.

Bande disse que as perdas agrícolas e pecuárias afectam  41.000 famílias – particularmente em Mocuba, Namacurra e Maganja da Costa na bacia do rio Licungo.

Ele alertou que os dados ainda são provisórios. A interrupção das estradas e redes de comunicações na Zambézia fez encontrar informações difícil. Os dados que o seu escritório possui vem de menos da metade dos 21 distritos da Zambézia (embora eles incluem os bairros mais atingidos pelas enchentes no Licungo).

Bande acrescentou que também tem havido graves danos ao equipamento agrícola e sistemas de irrigação, incluindo a destruição de bombas em Maganja da Costa e Mopeia.”

Os Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE) e INGC em Maganja da Costa informaram em comunicação informal que 8 100 hectares de terra cultivada foi perdida no distrito, enquanto o Governo do Mocuba disse num relatório no 23 de Janeiro de 2015 que 1 600 hectares de cultivo terra foram afectados em Mocuba.

PRODEZA II respondeu rapidamente para a petição da Administração de Mocuba, doando cestas básicas para as famílias que perderam suas casas devido à inundação do 12 e 13 de Janeiro, no entanto mais opções estão em análise utilizando os canais adequados para suporte adicional.

De acordo com relatório de 27 de Janeiro de 2015 de ONU os dados das áreas rurais são limitados devido ao acesso limitado as zonas afectadas. Atualmente, PRODEZA II está explorando formas de documentar a situação rural sobre o dano de inundação nas áreas do projecto.